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O início de 2025 registrou temperaturas excepcionalmente baixas no Hemisfério Norte, com um inverno rigoroso, especialmente em janeiro. Nos EUA, grande parte do território continental experimentou massas de ar polar, causando quedas significativas de temperatura.
Na Europa, sistemas de alta pressão atmosférica fria mantiveram temperaturas baixas e períodos de calmaria de vento, afetando a geração de energia eólica e elevando os preços da eletricidade.
Já em dezembro de 2024, grandes massas de ar polar ártico atingiram a América do Norte, chegando a latitudes de 20°N. Em janeiro de 2025, esses sistemas atmosféricos frios, impulsionados por Altas Polares Móveis (APMs), seguiram dois corredores principais.
O primeiro corredor, originário do Oceano Pacífico Norte/Alasca, atingiu a costa oeste e se deslocou para o interior em latitudes mais baixas. O segundo, partindo do centro dos EUA, avançou para a costa leste, ora mais ao norte, ora ao sul.
Esses sistemas de alta pressão do Ártico são os mais frios, causando quedas abruptas de temperatura, incluindo em estados mais ao sul dos EUA. O primeiro corredor traz ar frio da Sibéria/Alasca, afetando a costa oeste e o centro dos EUA. O segundo, podendo atingir a Flórida, depende da extensão do sistema de alta pressão.
A combinação de ar frio e céu limpo permite um resfriamento radiativo eficiente à noite, reduzindo drasticamente as temperaturas. Flórida, no caminho do segundo corredor, experimentou uma intensa frente fria em 22 de janeiro de 2025, com neve e temperaturas excepcionalmente baixas.
"Milton, que fica a nordeste de Pensacola, acumulou a impressionante marca de 24,9cm de neve (9,8in - polegadas) em 24 horas, seguida por Century, com 22,8cm (9,0in) e Baker, com 21,6cm (8,5in)." concluiu Zach Covey, meteorologista e especialista em furacões da Spectrum News.
Essa nevasca superou marcas registradas no Alasca e Canadá em precipitação e ocorrências, quebrando o recorde anterior de neve acumulada na Flórida. Até regiões costeiras registraram acúmulos significativos de neve.
A infraestrutura da Flórida, preparada para furacões, não estava equipada para lidar com a nevasca. Quase toda a infraestrutura foi fechada em 16 condados do oeste do estado, assim como aeroportos e um trecho de 112km da rodovia I-10.
Apesar de alguns atribuírem o frio às mudanças climáticas, eventos semelhantes já ocorreram antes. Robb Ellis, meteorologista da Weather Channel, lembrou que Tallahassee registrou -18,8°C em 1899 e Montana, -56,6°C em 1954.
"Você quer gastar US$ 1,6 quatrilhão em um problema que não existe - Cientistas do clima estão trapaceando como você". disse o deputado norte-americano Scott Perry.
Eventos climáticos ocorrem em ciclos, e a atual resolução de dados permite melhor compreensão de sua atuação. A ocorrência de um frio tão generalizado é notável e contradiz a narrativa alarmista do aquecimento global.
A crise energética na Europa se repetiu em janeiro de 2025 no Reino Unido. Sistemas de alta pressão atmosférica, que trazem frio, também causam calmaria de ventos. Em 22 de janeiro, o Reino Unido registrou 0% de geração eólica e apenas 1% de energia solar.
A situação gerou questionamentos sobre as políticas energéticas do secretário Ed Miliband e do primeiro-ministro Keir Starmer, ambos criticados por priorizar agendas ambientalistas em detrimento das necessidades da população.
Apesar das supostas elevações constantes de emissões, os EUA registraram o quinto mês de janeiro mais frio da Era dos Satélites, mais frio que janeiro de 1981, 1990 e 2006. Quase três quartos do país foram afetados pelo frio, afetando mais de 40 milhões de pessoas.
Apenas o sul da Califórnia, sul do Arizona e nordeste da Flórida tiveram temperaturas amenas em janeiro de 2025.
*Reportagem produzida com auxílio de IA